Solilóquios é composto por um conjunto de ensaios e poemas que exploram a possibilidade do diálogo, da polifonia e da construção do outro nesse processo, inspirando-se na imaginação poética de Gaston Bachelard. Os devaneios da imaginação consiste numa espécie de "jogos de espelhos" que desvela o eu indesejado (identidade) projetado para o outro (alteridade). Embora produzidos em diferentes situações, Solilóquios estrutura-se em dois atos. O primeiro ato são "ensaios filosóficos" e consiste em provocações que resiste em levar a sério as rígidas fronteiras entre filosofia, teologia e antropologia. O segundo ato são os "devaneios da imaginação", um grupo de poemas que traduzem as inquietações existenciais relacionadas ao primeiro ato. De certa forma, os poemas buscam expressar, por meio da inquietação e notável angústia e solidão, a situação de desespero da condição humana, questionando sua pretensa autossuficiência. Em suma, Solilóquios são provocações confessadamente existenciais, que trilhando por um caminho solitário (apesar do dialogismo) alterna-se numa doce amarga sinfonia das experiências da vida.