A inegável pertinência da música tardia de Beethoven (1770/1827) no século XX é demonstrada neste livro pelo diálogo entre ela e a de Arnold Schoenberg (1874/1951). Daniel Bento se ocupa da Hammerklavier, a mais longa e difícil sonata para piano do compositor, levantando paralelamente questões provocativas da interpretação pianística. Ao mesmo tempo, com a abordagem da suíte para piano Op. 25 e da Klavierstück Op 33a, de Schoenberg, estabelece um triângulo não refutado pelas onze décadas que se inserem entre as composições. Daniel Bento realiza tal aproximação apoiado em meios analíticos tanto tradicionais quanto relativamente recentes, capazes de aproximar análise musical e composição.