É o primeiro livro da autora e aqui ela se depara com uma questãoimpasse:falar do outro, falar com o outro. Aparentementesimples; não estamos falando dos outros, das coisas de ummundo que nos é exterior quase o tempo todo? Não é esta a tarefado jornalismo - falar de acontecimentos e person agens que irrompemem nossa realidade e causam estranhamento, escapam do familiar edo estabelecido? Simplicidade enganadora, quase uma armadilha.Astúcia da cultura e da linguagem, falamos do "eles" a partir do "nós",enquadramos o estranho com o olhar da regra que conhecemos eadotamos, "normalizando" a estranheza.Este é o tema deste livro, e seu objeto de estudo é um vértice queentrelaça várias linhas: a tevê, o jornalismo, a África, o programa NovaÁfrica.