Moda e revolução nos anos 1960 aposta na potência da roupa e da moda para pensar as sociedades, seus conflitos, hierarquias, rupturas e permanências. Na contramão de uma história historicista, investiga de que maneira a indumentária nos permite analisar o tempo e a sua aceleração nos anos 1960, as revoluções nos costumes, na sexualidade, nas relações de gênero, mas também as tensões, os recuos, as imposições de gostos. Tendo como foco o Rio de Janeiro, Maria do Carmo Rainho examina o processo de figuração de um novo sujeito da moda, utilizando como fontes os editoriais de moda, a publicidade e os registros da vida cotidiana produzidos pelo jornal carioca Correio da Manhã entre 1960 e 1970. O cotejo entre essas diferentes imagens possibilita à historiadora perceber como as fotografias organizam a experiência temporal e como constroem uma contemporaneidade imaginada, da qual estão excluídos todos os que não são identificados com a juventude. Assim, a autora se afasta de (...)