Numa sexta-feira 13, em 1963, sete pessoas morrem em Antares. Mas os coveiros estão em greve, e os defuntos, insepultos, vagam pela cidade vasculhando a intimidade de parentes e amigos. Em sua condição de fantasmas, podem denunciar à vontade os segreNuma sexta-feira 13, em 1963, sete pessoas morrem em Antares. Mas os coveiros estão em greve, e os distintos defuntos, já em putrefação, resolvem reivindicar o direito de serem enterrados - do contrário, ameaçam assombrar a cidade. Insepultos, vagam pela cidade vasculhando a intimidade de parentes e amigos. Em sua condição de fantasmas, podem denunciar à vontade os segredos dos mandantes locais. Seguem pelas ruas e casas, descobrindo vilanias e denunciando mazelas. O mau cheiro exalado por seus corpos espelha a podridão moral que ronda a cidade. Em "Incidente em Antares", Erico Verissimo faz uma sátira política contundente e hilariante que, mesmo lançada em 1971, em plena ditadura militar, não teve receio de abordar temas como tortura, corrupção e mandonismo.Numa sexta-feira 13, em 1963, sete pessoas morrem em Antares. Mas os coveiros estão em greve, e os distintos defuntos, já em putrefação, resolvem reivindicar o direito de serem enterrados - do contrário, ameaçam assombrar a cidade. Insepultos, vagam pela cidade vasculhando a intimidade de parentes e amigos. Em sua condição de fantasmas, podem denunciar à vontade os segredos dos mandantes locais. Seguem pelas ruas e casas, descobrindo vilanias e denunciando mazelas. O mau cheiro exalado por seus corpos espelha a podridão moral que ronda a cidade. Em "Incidente em Antares", Erico Verissimo faz uma sátira política contundente e hilariante que, mesmo lançada em 1971, em plena ditadura militar, não teve receio de abordar temas como tortura, corrupção e mandonismo.