O mais antigo relato conhecido de uma dissecação pertence ao grego Teofrasto (287 a. C). Esse discípulo de Aristóteles designou o estudo do corpo humano de anatomia (em grego anna temnein) que significa literalmente dissecar. Inicialmente a Anatomia restringia-se aos animais, pois era inconcebível o estudo do corpo humano vencendo tabus da época. Entre os mais notáveis estão Anaxágoras, Esculápio, Empédocles e Aristóles. Posteriormente vieram Herófil e Galeno. Na época do Renascimento, alguns artistas, como Michelangelo, Leonardo da Vinci e Rafael, valeram-se do estudo do corpo humano e de sua anatomia para suas famosas pinturas que encantam até os dias de hoje. O médico André Vesalius talvez tenha sido, naquela época, o maior dissecador de corpos humanos e publicou, em 1543, sua obra De Humani corporis fabrica, primeiro texto anatômico baseado na observação direita. Desde o Renascimento, cada vez mais, médicos de todo o mundo partiram para o estudo do corpo humano. Atualmente estuda-se anatomia não só em cadáveres mas também em seres vivos. As técnicas de imagem como radiologia, a ultrassonografia, a endoscopia, a ressonância magnética, a tomografia computadorizada e outras possibilitam o estudo do interior do corpo humano sem a necessidade de dissecação. O conhecimento preciso de todos os detalhes anatômicos é quase impossível. Sua complexidade é tamanha que poucos são os anatomistas que conseguem esse domínio após muitos anos de estudos e dissecações.