Os pezinhos de Mariana querem seguir desimpedidos para acompanhar seus pensamentos. Já que não pode se livrar dos sapatos, ela vive com os cadarços desamarrados para sonhar mais livre. Os adultos não lhe dão folga: olha o cadarço do tênis desamarrado, Mariana. Olha que você cai e quebra o braço! Mas para quem tem o mar e o ar no nome e ama o nome que tem, não é possível fugir ao destino de sonhadora.O jeito é seguir driblando quem não consegue ver as maravilhas que ela descobre o tempo todo. Desamarrar os cadarços pode ser o jeito mais sábio, e possível, das crianças negociarem com as exigências, às vezes incompreensíveis, dos adultos. Até usam sapatos, mas afrouxam o nó.Para os adultos, vai o recado sutil e provocador para se lembrarem de reconhecer o espaço que os pequenos necessitam para reinventar o mundo. Uma lição contra os atuais diagnósticos apressados de hiperatividade e assemelhados.Tudo na menina Mariana é leveza. É assim porque ela quer e sua vontade é poderosa. Ela viaja no próprio nome e nas nuvens. Afrouxa o nó dos cadarços para os pés ficarem livres. Como se o pensamento estivesse atado a eles. E será que não está? A mãe e a professora insistem para que ela aperte os nós dos sapatos. “Você vai tropeçar e cair”, falam, advertindo a menina. A contragosto, ela até cede, mas o pensamento... este Mariana mantém livre e solto.Tudo na menina Mariana é leveza. É assim porque ela quer e sua vontade é poderosa. Ela viaja no próprio nome e nas nuvens. Afrouxa o nó dos cadarços para os pés ficarem livres. Como se o pensamento estivesse atado a eles. E será que não está? A mãe e a professora insistem para que ela aperte os nós dos sapatos. “Você vai tropeçar e cair”, falam, advertindo a menina. A contragosto, ela até cede, mas o pensamento... este Mariana mantém livre e solto.