A ´nova configuração´ intelectual, que aproxima as Ciências Humanas das formas de trabalho de outras ciências, é vista nesta obra polêmica sob um enfoque centrado em minucioso trabalho de garimpagem que situa as novas pesquisas atualmente circulante entre continentes, após o colapso dos paradigmas unificadores e dos maîtres penseurs. Se os métodos mudaram, o mesmo ocorreu com os supostos sujeitos, agora não apenas questionados, mas também encontrados muito mais no instituinte que no instituído, especialmente em atores sociais participantes de representações e de cotidianos. Este livro contextualiza essas novas abordagens, na medida em que elas recusam todo dogmatismo e qualquer forma de reducionismo, mas alerta para seus ricos, como a possibilidade de esquecimento das realizações do passado. Os embates entre as duas principais correntes do novo paradigma são recortados e estudados segundo seus pontos convergentes e divergentes, sobretudo à luz da hermenêutica de Paul Ricoeur, do que resulta um minucioso balanço que se abre para a necessidade do saber do especialista ser colocado à disposição do debate público.