Ambientado em uma fazenda de café do Vale do Paraíba e na cidade do Rio de Janeiro, o livro narra a história de Cosme e Merenciana durante a Abolição, mostrando a transição do Brasil do trabalho escravo para um estado livre, e revela as estratégias de sobrevivência e resistência da população negra entre a escravidão, o racismo e a violência. Nhorrã, que significa cobra em umbundo, simboliza a trajetória do povo negro, que se esgueira entre os chicotes da fazenda e os cassetetes da capital mantendo sua dignidade e ancestralidade. Elementos como jongo, candomblé e capoeira surgem como formas de resistência cultural contra o racismo brasileiro, devolvendo em forma de beleza, afeto e vida toda a opressão sofrida ao longo de séculos de escravidão. NHORRÃ: RASTROS, CAMINHOS E DESCAMINHOS DA ESCRAVIDÃO é fruto de muito estudo e escrito com profundo respeito à história do povo negro, sem perder de vista uma proposta política apresentando duas trajetórias individuais com amplo (...)