Esta obra empreende uma análise crítica comparativa sobre nomeação e pensatividade poética em Manoel de Barros, Murilo Mendes e Francis Ponge. Para defender a ideia de que a poesia pensa, são analisadas sucessivamente a significância dos nomes e das coisas, a razão poética e a infância tanto do homem quanto da palavra. Buscando a pluralidade significativa da linguagem poética em contraponto à petrificação da linguagem funcional, esta análise aponta uma possibilidade desconstrutora de lidar com os nomes e as coisas. O principal referencial teórico utilizado é a crítica contemporânea francesa, com autores como Jacques Derrida e Gilles Deleuze. A autora ainda teve ainda o privilégio de se comunicar com Manoel de Barros. Uma dessas conversas está registrada nesta obra em carta inédita do poeta para a pesquisadora.