No atual campo de batalha da crítica e da produção culturais, nenhum termo tem sido mais vigorosamente contestado do que "pós-modernismo". Desafiando uma definição clara, mas persistindo como uma categoria indispensável, ele se tornou um dos temas centrais da teoria e da prática da cultura contemporânea. O livro reúne algumas das principais afirmações teóricas dessa discussão, inclusive a intervenção fundamental de Frederic Jameson, com ensaios sobre a cultura punk, a recente ficção norte-americana, os clipes de rock, os filmes de Hollywood e outros, e ainda o esporte e as telenovelas, complementando textos mais diretamente teóricos. Sem esquecer a questão política nem a materialidade da produção cultural, os autores localizam várias práticas pós-modernistas nas condições sociais da vida contemporânea – até mesmo no feminismo e nas estruturas de classe. Ao partir de uma referência explícita ao famoso texto de Freud – "O mal-estar na civilização" –, o título sugere de imediato uma tensão em relação ao discurso do pós-modernismo. A idéia do livro surgiu precisamente dessa tensão, útil e criativa.