Em São Paulo, nos anos de 1930, a cidade começou a ganhar formas metropolitanas, com os primeiros arranha-céus despontando na área central, as universidades recém-criadas e os sotaques estrangeiros a ecoar nas ruas. Este livro trata da cidade, como cenário, para um drama com curiosos personagens.Os protagonistas desta cena paulistana foram Mário de Andrade, escritor e pesquisador, e um jovem casal de professores franceses, Claude Lévi-Strauss e Dina Dreyfus. O encontro entre eles dá-se na Sociedade de Etnografia e Folclore (SEF), no interior do Departamento de Cultura, precisamente entre 1935 e 1938, quando Mário dirigiu o órgão e criou a sociedade científica, na qual Dina é seu braço direito, e Claude, outro importante colaborador. A narrativa de Luísa Valentini movimenta-se entre vocação descritiva e audácia analítica, conduzindo o leitor pelo espaço da SEF (alguns deles suspeitos), em uma verdadeira viagem no tempo, repleta de descobertas.