Um dos artigos que Freud dedicara à sexualidade feminina termina com um voto: que as próprias mulheres no caso, as psicanalistas levassem adiante a questão, pois só elas conseguiriam escutar o que lhes dizia respeito, para depois escrever sobre isto. Muitos anos depois foi a vez de Lacan provocá-las. Marisa Belém, agora, recolhe o desafio e responde a altura: como mulher, como alguém que já passou por um divã, mas, fundamentalmente, como analista.