Este livro discorre sobre dois grandes escritores. Tinham tudo para nunca se relacionarem, mas têm, pela primeira vez, um magnífico encontro marcado neste livro Existe uma crença quando se trata de examinar, veicular e divulgar idéias filosóficas, científicas e até mesmo literárias: basta que as idéias e as construções teóricas sejam coerentes e inteligentes, para que o edifício assim construído seja considerado sólido e atraente. Brincar coma s palavras, tratá-las, por vezes, como um fim em si mesmo, seria uma coisa somente admissível na literatura (e mais ainda na poesia). Doce ilusão: sem uma linguagem apropriada, concisa, inventiva, porque não dizer poética e literária, nenhum texto consegue passar idéia nenhuma, nenhuma filosofia é possível, nenhuma psicologia ou ciência. Os grandes cientistas são também grandes escritores. João Batista Santiago não apenas mostra e demonstra semelhança espiritual, filosófica e poética entre os dois grandes autores aparentemente tão distantes: ele usa uma linguagem com concisão e propriedade, para fazê-lo do prefácio de Mário Alves Coutinho