Este é um estudo sobre o aproveitamento ficcional da matéria de extração histórica na literatura brasileira, das primeiras manifestações até os anos 1990, com algumas exceções. A relevância maior é atribuída ao romance histórico, dado que nenhuma outra modalidade se identificou tão acentuadamente com a proposta de prospecção do passado quanto esse tipo de narrativa.Na definição do corpus literário objeto de estudo, a questão que se coloca é, obviamente, a de saber-se se as obras elencadas satisfazem ao conceito de ficção que se apropria da matéria de extração histórica. Em razão disso, a proposta é a de conceituar o que faz de um romance histórico ser, ao mesmo tempo, romance e histórico.