O que desperta a obsessão de um assassino em série? Um amor doentio, o reencontro com interesses da infância, a volta do que parecia estar adormecido enquanto poderíamos controlá-lo? Antônio levava uma vida tranqüila antes de conhecer Luísa - um emprego razoável e a fé inabalável em Deus. A aparente calmaria trazia em si um desespero detonado por uma relação que beirava os limites da sanidade. Ele via uma Luísa exibida, louca, livre. Que o abandonara sem razão. Com ela, Antônio lembrara-se da antiga paixão por escorpiões, de como gostava de se exibir com eles, deixando-os passear por seu corpo, sua boca. O mundo do ex-seminarista havia mudado, ele queria punir a mulher que o havia deixado e traído. Puni-la era pouco, e, metódico, Antônio não consegue parar de sacrificar outras mulheres, mulheres que, acredita, a cada sexta-feira purgam os pecados de Luísa. Pela ruas de Porto Alegre, ele procura por novas pecadoras. Ninguém o fará sofrer novamente como Luísa, e todas pagarão pelos erros dela.