Neste livro, propomos uma interpretação que toma o problema da antinomia da faculdade de conhecimento, presente na obra de Arthur Schopenhauer, como algo constitutivo de seu pensamento, e buscamos compreendê-lo a partir das questões teóricas que estavam colocadas para ele. Como resultado, encontramos que o filósofo evidencia a insuficiência tanto do idealismo quanto do realismo para a explicação completa e correta do mundo, bem como a mútua exigência entre ambos. A complementaridade entre as perspectivas opostas do idealismo e do realismo impõe que sejam articulados, embora sua combinação origine os diversos contrastes da sua obra, dentre os quais a antinomia da faculdade de conhecimento. Com base no princípio da lógica paraclássica, formulada pelo professor Newton da Costa com a colaboração de Décio Krause, sugerimos que os fundamentos do pensamento schopenhaueriano podem ser mantidos, ainda que sejam excludentes entre si, pois não redundam em trivialidade.