O Rio de Janeiro entrou no século XX marcado por uma série de reformas que pretendiam modificar os costumes e a paisagem urbana. O objetivo era aproximar a capital do país ao modelo europeu, considerado um ideal de civilização. Criador do gênero da crônica-reportagem, João do Rio presenciou as mudanças e retratou nos jornais da época, com sarcasmo e ironia, o que observava pelas ruas. Suas crônicas mostraram os cariocas que circulavam pela cidade, as transformações que chegavam com o progresso, o ritmo acelerado que os automóveis impunham à população. João do Rio foi um dos pioneiros da prática da observação como fonte de conhecimento no Brasil, a exemplo do que já acontecia na Europa.Este livro propõe abordar a obra do cronista como uma legítima etnografia do Rio de Janeiro no período de sua urbanização, dialogando com textos clássicos dos estudos urbanos. O Rio de Janeiro entrou no século XX marcado por uma série de reformas que pretendiam modificar os costumes e a paisagem urbana. O objetivo era aproximar a capital do país ao modelo europeu, considerado um ideal de civilização. Criador do gênero da crônica-reportagem, João do Rio presenciou as mudanças e retratou nos jornais da época, com sarcasmo e ironia, o que observava pelas ruas. Suas crônicas mostraram os cariocas que circulavam pela cidade, as transformações que chegavam com o progresso, o ritmo acelerado que os automóveis impunham à população. João do Rio foi um dos pioneiros da prática da observação como fonte de conhecimento no Brasil, a exemplo do que já acontecia na Europa. Este livro propõe abordar a obra do cronista como uma legítima etnografia do Rio de Janeiro no período de sua urbanização, dialogando com textos clássicos dos estudos urbanos.