Esta obra pretende auxiliar na compreensão dos direitos humanos como mínimo ético inegociável no diálogo entre as diferentes culturas e os diferentes Estados-nação, como conteúdo de avaliação moral e jurídica capaz de orientar a formação de uma cultura de responsabilidades comuns que obrigue indistintamente os indivíduos, os Estados e as tradições culturais. Assim, defendem-se os direitos humanos como referência para o diálogo entre as diferentes culturas, como forma de superação das fissuras interindividuais e intercomunitárias, por meio da eleição de valores comuns e universalmente aceitáveis. Os objetivos específicos deste texto passam pela compreensão dos direitos humanos enquanto demonstração jurídica de uma moral mínima de caráter global; pela readequação da noção de indivíduo, de Estado e de comunidade internacional ante a globalização excludente e a necessária descoberta das carências próprias e do próximo por meio do diálogo; pelo reconhecimento das dificuldades de se promoverem interesses jurídicos comuns em razão da diversidade cultural dos povos; e, por fim, pela análise das dificuldades de implementação e exigência prática dos direitos humanos universalmente considerados.