A política como ciência, anunciada por Maquiavel, consolida-se em Hobbes. O autor do Leviatã (1651) dedica a primeira parte de sua natureza humana, na qual tanto a razão como as paixões são igualmente reconhecidas como faculdades humanas e analisadas livres de qualquer juízo de valor moral. Trata-se de fazer aquilo que os pensadores políticos da antiguidade e da Idade Média não haviam ousado: "ler" os homens sem idealizá-los, e assim constatar que as paixões predominam naturalmente no agir humano.