Em A Confissão de Lúcio, Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) explora as sensações experimentadas por todos os órgãos dos sentidos, por meio de elementos sensoriais que vão desde o perfume até a cor. Publicada em 1914 (dois anos antes do escritor cometer suicídio) esta obra traz um enredo inquietante que mexe com o imaginário do leitor. Preso e condenado a dez anos de prisão por um crime que não cometeu, o personagem principal, no final das contas, nem sabe se o crime aconteceu de fato. Enfim, uma narrativa curta permeada pelo mistério e que denuncia o próprio momento conturbado por que passava o próprio autor.