O trabalho de Angela Alonso investiga o movimento intelectual da Geração de 1870. Procura mostrar que as atividades intelectuais e políticas dos grupos que a compunham eram indissociáveis e, portanto, que o sentido de seus escritos deve ser buscado na conjuntura de crise do Império. Deste ângulo, verifica-se que o movimento intelectual foi de contestação da ordem imperial. Grupos socialmente heterogêneos, mas que partilhavam uma situação de marginalização política, recorreram a um novo repertório político-intelectual e a uma reinterpretação da tradição brasileira para exprimir sua crítica às instituições, valores e formas de agir do status quo imperial. Positivismo, darwinismo, spencerianismo, novo liberalismo são, então, modalidades de um mesmo reformismo.