O ensaio caracteriza-se pela variedade de temas. As divagações revelam uma questão fundamental: a consciência da finitude leva-nos à interrupção constante da escrita, que sempre de novo pode ser retomada, de uma nova e provisória perspectiva. Os primeiros ensaios de que se tem notícia foram aqueles escritos e publicados por Montaigne, de modo que ficamos dispensados de procurar antecedentes desse gênero, mesmo que disfarçados sob outra denominação. Entre juízos do autor sobre si mesmo, surgia um novo gênero literário, que viria a ser influentes na filosofia: um homem tentou colocar no papel o que ele não fez, mas o que ele era.