A noção de sabedoria prática é uma das maiores invenções de Aristóteles. Inspirou filósofos tão diversos como Martin Heidegger, Hans-Georg Gadamer, Elizabeth Anscombe, Michael Thompson e John McDowell. Agora, um acadêmico de destaque em Filosofia Antiga oferece um desafio para as análises recebidas da sabedoria prática, situando-a no contexto maior das ideias de Aristóteles sobre conhecimento e realidade. Todos concordam que a felicidade é o fim buscado pela sabedoria prática. O que é controverso é se a felicidade é encontrada na vida prática de ação política, em que exibimos coragem, temperança e outras virtudes de caráter, ou na vida contemplativa, em que a sabedoria teórica é a virtude essencial. C. D. C. Reeve argumenta que a dicotomia é falsa e que essas vidas são, na verdade, partes de uma única vida, que é a melhor vida humana. Em apoio a essa visão, o autor desenvolve análises inovadoras de muitas das noções centrais da metafísica, da epistemologia e da psicologia de Aristóteles, como matéria e forma, conhecimento científico, dialética, educação, percepção, entendimento, ciência política, verdade prática, deliberação e escolha deliberada. Essas análises se baseiam diretamente em passagens com nova tradução do próprio autor de muitas das obras de Aristóteles. Ação, contemplação e felicidade é um ensaio acessível não só sobre sabedoria prática, mas sobre a filosofia de Aristóteles como um todo.