A discussão acerca de espaço e tempo em Kant é antiga e encontra lugar em textos de importantes figuras da história da filosofia, bem como em grandes comentários à obra kantiana. Por essa razão, o trabalho que aqui se apresenta encontra um grande desafio que, não obstante, enfrenta com êxito. O primeiro grande trunfo de A aprioridade e a subjetividade de espaço e tempo na Estética Transcendental é o de possuir uma estrutura clara. Logo nas primeiras páginas é possível perceber qual é o preciso ponto da discussão, qual o caminho argumentativo pretendido pelo autor e qual a conclusão a que ele pretende chegar. Além do mais, a escolha de se focar em comentários relevantes como os de Norman Kemp Smith, Herbert James Paton e Patricia Kitcher faz com que o trabalho ganhe muito em lucidez e em profundidade.