A importante atuação no campo das artes cênicas talvez tenha eclipsado a contribuição poética de Ana Maria Amaral, mas esta nova edição mostrará uma poesia que não é datada, porém avançada com relação ao contexto da poesia brasileira dos anos 1950 e 1960. Destaca-se o quanto seus primeiros poemas são limpos, enxutos, sustentando-se sobre um mínimo vocabular, uma economia de recursos que atinge um máximo resultado poético. É poesia que ganha com a passagem do tempo, pois nela nada sobra; nada é gratuito, mas sim avesso ao beletrismo e preciosismo que impregnou muito do que foi feito naquela época.