Em 1992, João Silvério Trevisan descobriu-se infectado pelo vírus HIV, e acreditava que teria pouco tempo de vida. A tragédia, no entanto, atinge Cláudio, seu irmão mais novo. Vítima de um câncer linfático, ele falece aos 48 anos. Neste romance autobiográfico impactante, Trevisan aborda a intensa amizade entre ele e seu irmão, compondo um quadro de impressionante veracidade sobre a perda. Com uma narrativa poderosa e expressiva, Meu irmão, eu mesmo já nasce um livro fundamental de nossa literatura. Aqui, João Silvério Trevisan partilha com o público a experiência de amar e sobreviver até a última gota. Filho mais velho de uma família de baixa classe média do interior de São Paulo, João era um “outsider”, o irmão “que veio trazer o abalo”, a “implosão de certezas”. Seus laços familiares com Cláudio, o irmão do meio, tido como o mais progressista, o mais bonito, o mais querido, foram se estreitando.