A busca de fundamentos racionais para a reparação do dano moral serviu como guia para a elaboração deste trabalho. Nesta abordagem acerca do dano moral são desenvolvidas diferentes situações a ele relacionadas, com o auxílio, inclusive, de outras áreas do conhecimento, como é o caso da psicologia e da filosofia quantitativa. A análise do assunto inicia-se com a delimitação do dano de natureza moral, incluída a sua definição, caracterização e divisão. A seguir, são feitas colocações acerca das possíveis vítimas do dano moral, especialmente sobre a possibilidade de configuração do dano em se tratando do incapaz e do nascituro. Estão abrangidas também as discussões travadas entre os opositores e os favoráveis à reparação do dano moral, uma vez que muitos dos argumentos apresentados pelas duas correntes guardam relação, direta ou indireta, com a forma ou com o valor da reparação. Do mesmo modo, mereceram apreciação particularizada a previsão legal de reparação do dano moral e os critérios que devem ser observados para tanto, bem como a análise da importância da tutela preventiva e de quem deve ficar responsável pela reparação do dano. Foram feitas considerações sobre a individualidade humana, a influência do positivismo jurídico, a relação entre o dano moral e a filosofia quantitativa, a importância dos sentidos, a necessidade de racionalidade e a interferência da memória. Encerrando o exame do tema, figuram observações sobre os critérios que devem ser utilizados na fixação da forma ou do valor da reparação, as funções que podem ser desempenhadas pela reparação, quem deve ficar responsável pela fixação da forma ou do valor da reparação, quando deve ocorrer a limitação ou o acréscimo na reparação, como deve ser formulado o pedido de reparação do dano e como provar em juízo o dano sofrido.