O Brasil é um arquipélago, disse Milton Santos, de imensa complexidade. Composto por cinco macrorregiões e vinte e sete unidades federadas, as diferenças regionais compõem um mosaico de diferentes matizes. Como tais diferenças repercutem nos campos da criminalidade e da punitividade? Temos um processo nacional de encarceramento em massa ou a soma de vinte e sete dinâmicas distintas? É viável tratar da taxa de encarceramento no Brasil sem levar em conta as diferenças regionais? Temos aqui a reunião de escritos de 31 (trinta e um) pesquisadoras e pesquisadores em 16 (dezesseis) capítulos buscando compreender criticamente o encarceramento em 19 (dezenove) estados, de todas as regiões do Brasil, em um esforço significativo para buscar aproximar o olhar e sofisticar análises para uma nação que tem, de fato, dimensões continentais.