Rovana, irmã de Joaquim, nasceu surda-muda pela Síndrome de Alport. Mas aos 12 anos aprendeu a ler e escrever e criou uma linguagem toda particular para se comunicar, registrar sua visão de mundo, desabafar, falar de amor e até xingar os irmãos pelas brigas na infância. Ao longo da vida, Rovana escreveu mais de 150 diários e é num diálogo com estes diários que Joaquim M. Botelho arquitetou este belo romance, cujos limites confluem com outros gêneros literários. No decorrer do texto, encontram-se momentos de intenso afeto do irmão/autor por Rovana, em harmonia com a isenção do grande jornalista-escritor, que ele é. Mas não é só, tudo isso vazado numa linguagem elegantemente literária que torna agradável a leitura deste livro.Rovana, irmã de Joaquim, nasceu surda-muda pela Síndrome de Alport.