Incentivar e promover o voluntariado. Este é o objetivo do livro Uma elefanta e um homem em Chitwan, no Nepal, do professor e escritor Engelbert Schlögel. Na obra de 48 páginas, o autor relata a sua jornada num berçário de elefantes, onde cuidou por algum tempo da elefanta Lumna, de 62 anos de idade. Engelbert Schlögel conta na obra como foi o voluntariado com a elefanta Lumna, desde a compreensão de suas necessidades (comer, beber, tomar banho de rio, passear) até o enfrentamento das dificuldades da selva e a vivência com outros animais. Para o autor, o tempo que passou em Chitwan foi cheio de significados, como o respeito que aprendeu a ter pela fauna e pela flora. O Parque Nacional Chitwan, um dos últimos redutos de selva asiática (um dos últimos para o urso indiano e o tigre de Bengala, o último para o rinoceronte), fica no Reino do Nepal, a Sudoeste da capital Katmandu e ao longo da fronteira com a Índia. O projeto de conservação, integrado no Patrimônio Mundial da Humanidade, inclui orfanatos para elefantes e centros de criação de crocodilos palustres (que vivem em pântanos). Depois de voluntariar em diversos locais, no Brasil e em outros países a exemplo do Nepal, Índia, Bangladesh, Quênia, Polônia e muitos outros , e tendo convivido com pessoas de variadas culturas e animais de diversas espécies, o professor Engelbert Schlögel diz que pôde amadurecer a sua ideia do que seja voluntariado e assim definir, com maior clareza, o seu sentimento acerca das reais necessidades e dos sofrimentos dos animais irracionais e racionais. Para mim, a verdadeira dor na vida alheia que pode ser fatal é também minha, cada vez que sinto que as dores presentes em mim em nada afetam a Humanidade. Hoje compreendo que voluntariar é permitir-se abrir os olhos e deixar que o coração perceba quanta diferença podemos fazer neste mundo: muito mais do que conseguimos imaginar!, conta.