As personagens do romance “Síndrome de quimera”, de Max Mallmann, são absolutamente normais, dessas que o leitor encontra na rua, no ponto de ônibus, no cinema, nas festas, no estádio de futebol, no trabalho.Ao mesmo tempo, passeiam por muitas metáforas e por um estilo que tira partido do realismo mágico misturado ao suspense e ao humor. Um dos personagens, por exemplo, precisa recarregar a bateria pondo o dedo no soquete de luz. Outro tira o cérebro da cabeça quando quer descansar. O terceiro tem uma serpente no peito. Todos eles são assombrados por uma bela figura de olhos que brilham na escuridão. E por aí vai a saborosa fantasia que brinca sem perder o controle – com dois jogos distintos: o da farsa e o da paródia.