Este livro encara a crônica machadiana como forma original e texto autônomo, sob os ângulos da literatura propriamente e também como análise do discurso. Tendo em vista o que de melhor a critica brasileira interpretou de Machado (Antonio Candido, Roberto Schwarz, Alfredo Bosi, entre outros) e as teorias de Bakhtin, Ducrot, as fontes da chamada sátira menipéia etc., Dilson F. Cruz Jr. revela que a crônica machadiana articula-se emdois eixos: a) é um discurso sobre o ato de narrar; b) é a linguagem que apresenta o encontro de inúmeras vozes, portadoras de discursos que se definem quando se confrontam.