Com o abandono do Governo Federal ao Plano Nacional de Habitação de Interesse Social (PlanHab), para dar lugar ao Programa Minha Casa Minha Vida, emergiu a instrumentalização do sistema sociometabólico do capital no Estado, fortalecendo a concepção da moradia e a cidade como mercadorias. Assim, este Programa produziu expressivo número de unidades habitacionais, implementado na lógica da eficiência capitalista, reproduziu a segregação espacial nas cidades e favoreceu a especulação imobiliária, deixando uma profunda cicatriz na agenda do direito à cidade. A luta por uma cidade mais igualitária com inserção social pelo acesso à moradia, pautada pela agenda da reforma urbana foi derrotada. (...)