A grande questão para mim é rejeitar a concepção da história que a reduz a um fluxo incessante de transformações em parte imprevisíveis e que impediram de analisar tipos genéricos de sociedade ou de regimes. A idéia central que defendo aqui como em outros livros, é que nós não vivemos de maneira alguma o fim da história ou da modernidade, mas somente a passagem de um tipo de sociedade para um outro. Desde que escrevi estas páginas parece-me que já atravessamos o período de maior desorientação que recomeçamos a atingir terreno seguro. (...) Este livro se dirige agora aos meus amigos brasileiros. A mensagem que lhes traz é a de que é sempre indispensável observar e compreender os problemas de um tipo de sociedade, seja ela industrial ou pós-industrial, enquanto se analisam os caminhos do desenvolvimento próprio de cada país ou de cada região do mundo.