Com as bênçãos de inúmeras justificativas, os computadores invadem as escolas, exigindo dos agentes educacionais um posicionamento quanto ao quê e como fazer para dispor os múltiplos recursos da informática a serviço da educação. Para tanto, faz-se necessário discutir, refletir e pesquisar o assunto com acurada crítica e criatividade, visando vencer o desafio proposto e ainda, com sobriedade, explorar o melhor dessas máquinas sem incorrer nos vultosos erros de subestimá-las, desperdiçando oportunidades, ou atribuir-lhes papéis miraculosos, superestimando-as. O presente trabalho resulta de esforço inicial empregado nesse sentido. Considera como principais fontes de pesquisa relatos de experiências sobre a aplicação da informática educativa na educação escolar brasileira, voltando-se para as principais questões emergentes nos primeiros passos de adoção dos computadores em sala de aula. Com base nos relatos estudados, é possível provocar significativas explosões de idéias e extrair ricas considerações resultantes de observações de experiências e não apenas especulações desprovidas de fundamentação prática. Dessa forma, busca-se atender às expectativas iniciais dos professores sedentos de informações acerca de práticas docentes com exploração de recursos da informática. São discutidos: a aliança entre educação escolar e informática, formas de uso dos computadores em sala de aula, vantagens e requisitos do uso da informática na escola, relatos de experiências e capacitação docente. Com base neste estudo, é possível concluir que não há receitas infalíveis nas práticas educacionais escolares que garantam êxitos indubitáveis. A plasticidade característica das máquinas de processamento, aliada à diversidade dos contextos escolares brasileiros, impossibilita a elaboração da panacéia que muitos passivamente aguardam. Também a dinâmica presente na vida contemporânea inviabiliza qualquer pretensa infalibilidade de receitas. Assim, sendo intenção dos agentes escolares melhorar e/ou garantir a qualidade da educação, com ou sem computadores, um ingrediente indispensável é o (re)construir contínuo com vistas ao aprimoramento constante.