Nas páginas de Campilongo, densas e penetrantes, as etiquetas com aos quais se exprime a literatura contemporânea se transformam em esquemas atrás dos quais se escondem problemas reais da modernidade da sociedade moderna. Emerge continuamente a tensão que caracteriza a forma da diferenciação tipicamente moderna da sociedade. Emergem os estímulos e as resistências à diferenciação funcional do direito e da política. Emergem as formas modernas da inclusão e da exclusão, emerge, ao mesmo tempo, a barbárie desta sociedade e, com esta barbárie, o potencial evolutivo encerrado na estrutura da sociedade moderna. Campilongo descortina o paradoxo da unidade da diferença entre direito e política. Deixa entrever, na diferenciação dos dois sistemas, a possibilidade da democracia e indica, nas resistências à diferenciação, os elementos específicos das periferias da modernidade