'Chic-A-Boom' tenta construir uma São Paulo repleta de verde, despoluída, moderna, funcional, civilizada, feliz - uma 'ecumenópole' deliciosa de se viver. Nessa cidade, os habitantes se aposentam aos 33 anos, uma nova lei de zoneamento obriga os construtores a deixar livres cem metros entre cada edifício e os rios, totalmente recuperados, são vias utilizadas cotidianamente para o transporte. O leitor provavelmente não reconhecerá essa São Paulo dos sonhos, até porque a maioria dos lugares e personagens é fictícia. Mas perceberá a semelhança entre esse universo criado por Bivar e a nossa metrópole ensandecida - também ali o cosmopolita vai se mesclar ao provinciano, o hedonista vai se relacionar com o capitalista, o imaginado se realiza no improvável.