Literatura e Direito: Anatomia de um Desencanto, Desilusão Jurídica em Monteiro Lobato é a obra que se propõe a investigar o que a arte literária pensa do direito, da justiça e dos operadores jurídicos. São impressionantes os resultados do trabalho. O autor pesquisou Aristófanes, Morus, Erasmo, Rabelais, Gregório de Matos, Eça de Queirós, Martins Pena, Graça Aranha, Humberto de Campos, Lima Barreto, Jorge Amado, entre outros, urdindo a tessitura que culmina em Monteiro Lobato, o mais desiludido dos juristas literatos. A pesquisa, orientada por Luiz Antonio Rizzatto Nunes, é marcada pela interdisciplinaridade, pela cética abordagem do jurídico, pela altíssima dose de crítica literária, pela ousadia. O autor aponta apreensões que o trato com a justiça suscita, captando sentimento universal, que despreza latitudes e cronologias. Com base em riquíssima tradição literária, o trabalho demonstra a inquietação que toma conta de nova geração de juristas, comprometida com a ética, com a democracia, com a emancipação do homem, vencidos tempos mais positivistas, ortodoxos e acomodados.