A ideia-imagem: forma e representação na fotografia moderna traz ao leitor discussões sobre a significação, veracidade e fluidez das imagens da era digital, em especial as da fotografia, consideradas por autores relevantes, como Soulages, Barthes, Sontag, Santaella, Flusser, Benjamin, Aumont e Couchot, entre muitos outros, como provas fidedignas de uma existência e como mediações entre homem e objeto que permitem interpretações variadas, mas unânimes em considerá-las representações do real. Nesta extensa seara de conhecimento, o autor adota uma visão platônica, e assim procura investigar aquilo que se chama de realidade e representação, levantando a questão que hoje se apresenta de forma indelével como uma afronta ao testemunho da veracidade: a manipulação da fotografia. O que antes ocorria por meios químicos, que pressupunham um trabalho artesanal e especializado, hoje está disponível a qualquer um mediante softwares amplamente disseminados. Assim, mais do que nunca é preciso rever a ideia de que a fotografia seja uma fonte fidedigna de existência, mesmo considerando um testemunho histórico. Até que ponto podemos confiar na fotografia como documento? Onde estaria a realidade propriamente reconhecível e confiável? Questões como essas levarão não apenas ao suporte fotográfico em si, mas à sua instância anterior a própria ideia da fotografia, ou a fotografia como uma ideia. Neste estudo também foram analisadas as diferentes maneiras de se utilizar o suporte fotográfico, a fim de elucidar o papel das imagens fotojornalísticas, publicitárias, sociais, históricas, documentais ou mesmo amadoras e turísticas. Antes de ser vista como um fenômeno de comunicação, a intensa proliferação das imagens que o século XX registrou e que adentrou o XXI com força descomunal , pode ser vista como um fenômeno psíquico, dada a relação quase patológica que hoje a sociedade moderna constrói com a fotografia.