O toque, quente. A distância, azul, fria. As curvas, o movimento, amarelo. O reto, simétrico, branco imutável. A parte, o todo, a liberdade ou a busca. O tempo, lembranças opacas, silêncio, o deleite, sonoro. Ficar, estar ou transcender. A razão, geometria, o sensorial, caos. Inspirar, sinestésico, explodir, onipresente. Ser um, ser dois, ser mais. Os símbolos e suas conexões. Analisar a semiótica das imagens pode ser um mergulho profundo no que somos. O auto-conhecimento é o ponto de partida para a criação autoral, a realidade como tal não existe, nós enxergamos aquilo que nós somos. Esse livro é a materialização de mais um sonho, quase três anos depois da publicação do primeiro, o Luz&Poesia, SemiosiS veio em um momento maduro de minha trajetória. Hoje, aos 43 anos, enxergo na fotografia construída, uma miscelânea de sentimentos e símbolos que falam por mim ou ao meu respeito. Através de uma linguagem poética e simples, o livro tem a missão de inspirar e despertar no observador as múltiplas e incertas possibilidades de leitura desses signos que surgem na interseção da subjetividade e do repertório do fotógrafo com a dos seus receptores.