Entre o sabor doloroso de dirigir ao som de Até Que Durou, de Péricles, a absolutamente qualquer som duvidoso de Leno do Brega, essas novelinhas saltam da escrita da mesma forma que as narrativas correm pela língua da gente de uma cidade pequena, mas não tão minúscula assim. São histórias que poderiam ter sido contadas, aumentadas e distorcidas em tom de fofoca pela sua tia à mesa de almoço num domingo de jogo do ASA. Poderiam também ser histórias de garçons (aqueles, tal qual Reginaldo Rossi já disse, que provavelmente já se cansaram de escutar centenas de causos de amor), e tanto faz se esses garçons fizeram parte do mais fino restaurante do agreste alagoano ou do mais farrusco pega-bebo de toda a História. Quiçá foram até histórias contadas ao fim da longa noite, quando trabalhadores se juntam para finalmente trocar a farda pela roupa e descansar antes de pegar a bicicleta para ir para casa. Entre quengas, matadores, cornos, políticos, agiotas, bandidos, torcedores (...)