Deus, de Juvenal Savian Filho, é uma verdadeira minibiografia de Deus. Não do ser de Deus, naturalmente, que, se de fato existe, não tem biografia. Mas da idéia ou idéias de Deus; assim, alguns de seus capítulos são: "O Deus dos filósofos antigos", "O Deus dos filósofos contemporâneos", "Questões sobre Deus e o ser humano" "Deus não é uma hipótese desnecessária?", "Deus e as ciências". E como Deus se tornou, a despeito de todas as expectativas do início da modernidade, um personagem central da cultura (e da política) contemporânea(s), este livro sintético, mas extensivo, funciona como aqueles pequenos dicionários de viagem: torna a "viagem" pela nossa própria cultura, se não mais fácil (o papel da filosofia não é facilitar as coisas, mas dar a devida dimensão de sua dificuldade), um pouco mais compreensível.