Em épocas de crise, não é raro que os filósofos abandonem a reflexão interior e as grandes questões para buscarem uma espécie de justificativa para a revolta, ou mesmo a elaboração teórica desta. Louis Lavelle seguiu na contramão dessa tendência: sua obra, elaborada em boa parte diretamente dos campos de batalha, volta-se para a metafísica, a vida interior, a existência e o ser. É uma filosofia, como ele dirá no presente livro, que tem confiança no pensamento e na vida.A presença total é a melhor porta de entrada para a “catedral filosófica” de Lavelle. Concebido como uma nova apresentação das teses essenciais de sua Dialética do eterno presente, o livro apresenta a doutrina filosófica a partir da qual o filósofo francês entende o ser, a universalidade, a participação, e deixa de lado as minúcias dos debates filosóficos da época. O objetivo da obra é levar o leitor a uma autêntica vida interior, ancorada na consciência do ser.