A solidariedade inequívoca junto aos conterrâneos de Angola e o empenho em divulgar mais um capítulo sobre a épica sobrevivência dos seres humanos em face de condições adversas fizeram com que Josber Abrantes, aos 75 anos, escrevesse este livro eivado de passagens de uma memória privilegiada em busca de livres caminhos. Buscou-os em Angola, Portugal e Brasil, sempre espreitando condições, possibilidades e contradições. Deixou no seu rastro muitas edificações de variados estilos. O livro de Josber Abrantes ultrapassa uma autobiografia para centrar-se num libelo pacífico contra uma ordem de acontecimentos que, na origem, beira ao caos, porém não põe a perder o horizonte da esperança.