Andar barato é um livro da nossa aventura. O percurso de um pensamento em três partes. O seu percurso em muitas noites, nos dias ou em cada um dos versos que formam o poema inteiro. E como é certo das aventuras, a cada vez se busca outra estrada, mas sempre a mesma aventura vertiginosa e insinuante, aprisionada no veio de uma língua, no campo estreito e, contraditoriamente, libertador que é o caminho com a palavra, sozinha em casa, andando na rua, ou se tem um namorado. Então, com os leitores, mostrando, sai muitas vezes e volta pra casa, sai e volta pra mesma noite, a noite barata, não a noite mítica. Mas no seu modo especial de voltar a ver a rua ou no seu modo de olhar pro espelho do banheiro em casa, que é sempre um modo de ir à volta e de voltar, dar voltas, volta, volta e revoltar, outra vez. É um livro que vai mandando ver sempre de novo nessas aventuras urbanas e domésticas de ir e voltar, de revolutear, de voejar. Quase um diário da noite no seu esvoaçar (...)