Este e´ um livro que vai ale´m das fronteiras. Primeiro as geogra´ficas, num itinera´rio que comec¸a em Israel e vem ao Brasil passando pelo Acre ate´ chegar ao Rio de Janeiro. Mas sa~o tambe´m as fronteiras litera´rias que se rompem aqui, nessas histo´rias contadas com sabor de ficc¸a~o e ao mesmo tempo de veracidade, com as mais inesperadas peripe´cias de um personagem/ narrador quase inverossi´mil, que foi soldado em Israel, sambista no Acre e experimentou de tudo um pouco, escapando assim como seu texto de qualquer ro´tulo possi´vel. O que mais vale aqui e´ o sabor da leitura, e isso e´ o que na~o falta em Baque, um livro se´rio mas tambe´m com muito humor, com um olhar bastante peculiar sobre os comportamentos humanos e sociais sem deixar de destilar uma fina ironia, diante de um autor ta~o criativo e de um narrador que se diz incapaz de mentir e acima de tudo escrito com um estilo u´nico e cativante, talvez especialmente pelo fato de o portugue^s na~o ser a li´ngua nativa (...)