Em crônicas esplêndidas, como 'Na Praça Vicente López' e 'Abacate', afloram algumas das grandes qualidades da prosa de Maria Julieta: um discurso despojado, mas não isento de intensa sensibilidade. Em dissonância do conceito mais pedestre de cronista - escritor que se ocuparia de episódios reais e cotidianos -, Maria Julieta assinala o quanto de mágico e de subterrâneo se incrusta no dia a dia. Nesses e em outros textos, observamos que a cronista não registra apenas a face concreta e solar da matéria, mas sobretudo o terreno sinuoso do sonho.Antonio Carlos Secchin"Esta faculdade de monumentalizar as coisas pequenas e familiares teria vindo à escritora como herança do poeta da Rosa do povo (...). Maria Julieta tem o dom de criar atmosferas com o mínimo de elementos essenciais." Aníbal Machado