O sindicalismo brasileiro vive uma situação paradoxal. Por um lado, mantêm-se os fatores que o levaram à crise estrutural - taxas recordes de desemprego, ofensiva neoliberal e a reestruturação produtiva. Por outro lado, agora surgem sinais de retomada de sua ação. O clima de democracia no Brasil e a modesta retomada da economia propiciam melhores acordos salariais e importantes vitórias pontuais. Como o sindicalismo não é uma ilha, ele reflete as mudanças na correlação de forças mais favoráveis ao mundo do trabalho. Esta nova realidade possibilita que o sindicalismo reexamine autocriticamente a sua prática e adote posturas mais ofensivas e ousadas.