Em 1975, Carlos de Marigny estreia como autor com esta obra de literatura participante, um livro-denúncia que retrata a realidade social brasileira, a primeira a contar sobre a vida dos meninos de rua para o público jovem. Lando das ruas foi considerado pela crítica, junto com Detetives por acaso, uma importante contribuição do autor nesse gênero literário. Independentemente da idade, da cor da pele e dos olhos, da estrutura familiar e da condição social das personagens contadas nesta história, desde cedo essas crianças são privadas de sua infância e partem para as ruas em busca da sobrevivência, mas encontram o medo, a violência e o crime. Dois grupos rivais disputam e defendem seus territórios. Lando era mestre em fuga. Boibava, incansável na perseguição. Lando, sem querer, reconhece o chefe dos assaltantes de um banco e é levado por eles. "Não para tomar sorvete nem para passear no bosque enquanto o seu lobo não vem. Muito pelo contrário, mergulha com roupa e tudo na boca da fera." A história tem um desfecho surpreendente.